quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Última Quimera

Nas noutes frias das dolorosas ilusões,
E nestes sonhos de mórbidos letargos;
Verto os poemas nascidos das afeições,
Verto em prantos, tristonhos, amargos.

E nestes sonhos de tristezas tumulares,
Dentre o chorar plangente dos violinos;
Escuto vozes soturnas d’outros lugares,
Como a entoar ao longe os doces hinos.

Neste momento, sinto a tua fragrância,
Do que foi nosso amor, na exuberância,
Essência da paixão, fruto da primavera.

E para relembrar teus últimos encantos,
As rosas murchas, os lírios e amarantos,
Serão recordações nossa última quimera.
 


Um comentário:

Ivone disse...

Lindo, amei ler aqui e sempre digo que, a vida e a morte estão sempre juntas, tem até um pensamento em que nos diz que quando morremos não estamos mais presentes, a alma sai e o corpo fica ainda em suas últimas agonias, mas sem nenhuma sensação.
Acho fascinante esses seus belos poemas!
Obrigada pelo carinho de sua visita, estava com saudade, não te esqueci viu?
Abraços apertados!