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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Ainda Sinto

Neste tumular recanto, quando tu partiste,
Lembro tua rósea face, ainda me sorrir!
Lembrança d’outrora, amarga, e tão triste,
Vagando em meus sonhos ao longe partir...

Por entre murmúrios de tão dorida prece,
Que nestes versos transcrevo na solidão;
Sinto que um anjo do céu se enternece,
Na sombra da cruz projetada no chão...

Ai... Quando vem a noite a me torturar,
Sinto teu rosto bem junto ao meu;
E teus lábios doces a me oscular...

Ouço ainda teus passos mansos e solitários,
Inda avisto teu vulto d’angélico, aonde eu;
Chorei nos mestos sepulcros mortuários...