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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Amor de Mãe

Recordo-me da fria palidez do rosto,
Do materno amor, doloroso, imenso;
A face lacrimosa,  n'alma o desgosto,
Um triste enredo, macabro e intenso.

A jovem mãe, em sua egrégia missão,
Perdera o bebê, o primeiro, um infante!
Pranteara em loucura, tristeza e paixão,
Externando a dor de uma alma distante.

Diante do Cristo, suplica inquietante...
-Onde está a graça dos lindos encantos,
Que a morte roubou do meu lindo infante?

Na ânsia letal do veneno, acolhe o ente!
Embala-o no leito, e agora sem prantos,
Adormece p’ra sempre junto ao inocente...




Este poema foi escrito de um relato verídico, contado por alguém, que em sua adolescência presenciara tal acontecimento. Isso foi por volta da década de 1950, na cidade onde nascera.
Segundo ela, a criança já no seu último suspiro, chora de uma forma estranha nos braços da jovem mãe, que em sua loucura ingere veneno usado em lavouras...
Foi quando fechou seus olhos junto com seu filho, para nunca mais...